Gil Pereira destaca papel decisivo da Assembleia Legislativa na transição energética

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Gil Pereira destaca papel decisivo da Assembleia Legislativa na transição energética

O mercado de carbono e as perspectivas para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) foram debatidos em painel temático, no último dia 11/04/23, no Imersão Indústria, evento da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, sob coordenação do seu presidente, Flávio Roscoe.

O deputado Gil Pereira ressaltou a importância das ações da Comissão de Minas e Energia, que preside na Assembleia Legislativa (ALMG), no enfrentamento à crise climática, através do desenvolvimento das energias limpas e renováveis no Estado, em especial a da fonte solar fotovoltaica, com o foco na descarbonização das economias mineira e brasileira.

Energia solar e hidrogênio verde (H2V)

“Líder nacional em energia fotovoltaica, Minas desponta na corrida mundial pelo hidrogênio verde (H2V), o combustível do futuro. Condição básica para sua produção (eletrólise da água a partir de energia renovável, sem emissão de C02), já alcançamos recorde 5,3 GW em geração de energia solar, com predominância no Norte de Minas”, explicou o deputado Gil Pereira.

Segundo o parlamentar, o hidrogênio verde é parte do caminho para se reduzir a dependência da sociedade brasileira em relação às hidrelétricas e aos combustíveis fósseis, emissores de carbono e outros gases de efeito estufa. “O lítio extraído e beneficiado no Vale do Jequitinhonha completa a equação, sendo essencial às baterias de carros elétricos (armazenamento) e várias outras tecnologias relacionadas”, ressaltou Gil Pereira.

Legislativo Mineiro

“O Legislativo se posiciona, abre canais de participação, fiscaliza e representa a população, na formulação de leis e políticas públicas. Assim atua a Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, que presido. É instrumento de ação, fiscalização e articulação”, afirmou Gil Pereira, durante o seu pronunciamento.

Ele acredita que o mundo está despertando para grande revolução energética e que o Minas tem papel essencial nesse contexto. “Buscamos o alinhamento harmônico entre desenvolvimento e meio ambiente para alcançamos economia de baixo carbono e qualidade de vida”, ressaltou o deputado Gil Pereira. Segundo dados do Observatório do Clima, citados pelo parlamentar, Minas reduziu 33,6% das emissões de CO2 em proporção ao PIB de 2002 a 2020.


Agenda de descarbonização

A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG), Marília de Melo, vê a pauta climática em contexto amplo e complexo, exigindo da sociedade a busca por harmonizar preservação ambiental, desenvolvimento econômico e social, com ajuda da tecnologia:

“O Estado assumiu agenda proativa de descarbonização, a exemplo da sua adesão ao Race to Zero, programa global para alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. O Brasil e Minas têm matriz energética limpa e diversificada. Nosso Estado, por exemplo, dispõe de potencial enorme para geração de energia solar na Região Norte”, salientou a secretária da Semad-MG.

Problema global

Diretor da Plantar Carbono Consultoria, Fábio Marques considera a redução das emissões de gases efeito estufa como o principal desafio atual da humanidade e, devido à complexidade da questão, é preciso tomada de decisões concretas para atenuar o problema.

Uma dessas iniciativas, indicou Marques, é atingir a meta do Acordo de Paris de limitar até 2050 a elevação da temperatura do planeta a 1,5° C acima dos níveis pré-industriais. “Apesar dos esforços dos países, ainda estamos distantes do recomendável”, alertou ele.

Para o gestor, o mercado de crédito de carbono pode ser um importante instrumento para combater o efeito estufa, porque o sistema “permite que as empresas e agentes econômicos considerem o custo do carbono nas rotinas de produção”, observou Fábio Marques. Com relação à COP 28, que será realizada este ano, em Dubai, espera que líderes globais avancem nas tratativas do mercado de crédito de carbono.

Europa

Wagner Parente, CEO da BMJ consultoria especializada em relações governamentais e comércio internacional, falou sobre projetos internacionais de mitigação de mudanças climáticas e destacou duas iniciativas da União Europeia: EU Green Deal e Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM). O primeiro, chamado também de Deforestation, tem o objetivo de barrar a importação de produtos advindos de áreas desmatadas até 31 de dezembro de 2020. “O projeto pode ser votado pelo Parlamento Europeu ainda neste mês, sendo publicado até junho”, informou ele.

O CBAM, explicou o CEO, envolve a taxação de carbono para produtos exportados para a União Europeia, igualando o preço do carbono de importações fora da UE ao valor pago caso fossem produzidos no território europeu.

O painel dedicado ao meio ambiente incluiu também debate, mediado pelo CEO da Rede 98 FM, de BH, e colunista do programa 98 Talks, Rodrigo Carneiro, com a participação do diretor corporativo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Usiminas, André Andrade, do gerente-executivo de Mudanças Climática da Vale, Rodrigo Loureiro, além dos palestrantes que se apresentaram anteriormente.

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