MINAS E ENERGIA – “Assembleia aprova audiência pública para debater o Vale do Lítio”, destaca Gil Pereira

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MINAS E ENERGIA – “Assembleia aprova audiência pública para debater o Vale do Lítio”, destaca Gil Pereira

Mais empregos locais, renda e desenvolvimento sustentável para as regiões Nordeste e Norte de MG

A Comissão de Minas e Energia, presidida na Assembleia Legislativa pelo deputado Gil Pereira, aprovou em reunião nesta quarta-feira (10/05/23) o requerimento RQC 1453/23 para realização de audiência pública, em Araçuaí, destinada a debater o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha e a extração sustentável do lítio. Também participaram da sessão os deputados Cassio Soares, líder do Bloco Minas em Frente e presidente do PSD-MG, e Adriano Alvarenga, tendo sido a audiência solicitada por Dr. Jean Freire.

Governador Romeu Zema lançou o projeto Lithium Valley Brazil, na bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque (EUA), que marca a entrada dos municípios do Nordeste e Norte do Estado no mapa global desta estratégica cadeia produtiva – Foto:  André Cruz / Imprensa MG

“Nossa iniciativa se soma ao lançamento mundial feito na véspera (09), pelo governador Romeu Zema, do projeto Lithium Valley Brazil, na bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque (EUA), que marca a entrada dos municípios do Nordeste e Norte do Estado no mapa global desta estratégica cadeia produtiva. O lítio é essencial à fabricação das baterias dos carros elétricos, além de outras tecnologias associadas às energias renováveis, à transição energética e, consequentemente, ao controle das mudanças climáticas”, declarou o deputado Gil Pereira, indicando o objetivo de atrair mais empresas para a região.

O Vale do Lítio é formado por 14 municípios: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, Rubelita e Salinas.

Parceria

Gil Pereira ressaltou a parceria envolvida no projeto, entre os governos estadual, federal e municipais, citando também que a Comissão de Minas e Energia, da ALMG, deu aval à criação do Polo Minerário e Industrial do Lítio, nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, focado em ações e incentivos do Estado para agregação de valor à cadeia produtiva: “Afinal, a região sairá do papel e dos discursos para nova realidade.”

Empresa canadense Sigma Lithium já gera 1.000 empregos diretos (mais de 6.000 indiretos são previstos), renda e investirá total de R$ 3 bilhões em sua planta industrial de lítio 100% verde, com rejeito zero e energia limpa utilizada, agregando excepcional valor à produção, entre Itinga e Araçuaí, além dos programas de inclusão social – Foto: Sigma Lithium

“Aprovamos na Comissão o PL 1.992/20, que cria o Polo do Lítio, agora já preparado para votação em Plenário (1º turno). Será decisivo para a redenção real dessas regiões, que precisam de políticas públicas de estímulo, pois sofrem com a baixa industrialização e o fraco desempenho econômico (PIB regional), assim como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, apontou o deputado Gil Pereira, relator da proposição, que recebeu recomendação para o seu futuro enquadramento em Arranjo Produtivo Local (APL), conforme o substitutivo nº 2 acrescentado ao texto original.

Lítio verde

Participaram também do evento, em Nova Iorque, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (Ministério de Minas e Energia) Vitor Saback, e a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner.

“Com sua produção iniciada, esta empresa canadense já gera 1.000 empregos diretos (mais de 6.000 indiretos são previstos), renda e investirá total de R$ 3 bilhões em sua planta industrial de lítio 100% verde, com rejeito zero e energia limpa utilizada, agregando excepcional valor à produção, entre Itinga e Araçuaí, além dos programas de inclusão social”, informou Gil Pereira.

O deputado Gil Pereira e a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner. Após ser beneficiado em unidade da empresa, o lítio verde vale hoje, aproximadamente, US$ 5 mil (R$ 25 mil) a tonelada no mercado internacional. Em estado bruto, o metal é cotado a US$ 70 (R$ 350) a tonelada

Valor agregado: R$ 25 mil / tonelada

O lítio retirado é em seguida beneficiado em unidade da empresa próxima à mina (Grota do Cirilo), e vale hoje, aproximadamente, US$ 5 mil (R$ 25 mil) a tonelada no mercado internacional. Em estado bruto, o metal é cotado a US$ 70 (R$ 350) a tonelada.

Sua capacidade inicial de produção corresponde a 277 mil toneladas por ano. A segunda fase do empreendimento, em andamento e com conclusão prevista para 2024, aumentará esta produção para 440 mil toneladas por ano. O escoamento da produção para o exterior ocorrerá pelo Porto de Vitória (ES)

Além da empresa Sigma Lithium (Canadá), o Vale do Lítio, em MG, possui outros projetos em andamento também listados na Nasdaq, incluindo a Atlas Lithium (EUA), a Lithium Ionic (Canadá) e a Latin Resources (Australia).

A empresa australiana Latin Resources prevê investimentos de R$ 600 milhões para extração do metal no município, gerando empregos e desenvolvimento no município de Salinas.

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