Minas Gerais é líder do setor com potência instalada já superior a 4 GW e mais de 128,8 mil empregos gerados
Na arrancada de 2023, o Brasil acaba de bater (12/01) o recorde de 24 GW de capacidade operacional em energia fotovoltaica, considerando os sistemas de geração própria (GD), em telhados e terrenos, e as grandes usinas de geração centralizada (GC), que já somam 16,64 GW e 7,38 GW, respectivamente.
No ano passado, somando as duas modalidades de geração, a energia solar expandiu mais de 60% no país, sendo que, nos últimos meses, o ritmo de crescimento tem sido de praticamente de 1 GW por mês.
Liderança nacional de MG
“Minas continua disparada na liderança nacional, com esta energia limpa presente em todos os 853 municípios. Atingimos um novo marco histórico, somando os sistemas de geração própria (2,36 GW), em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais e as grandes usinas (1,99 GW)”, declarou o deputado Gil Pereira, que preside a Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, da Assembleia Legislativa.
Gil Pereira completou: “Mantemos esta dupla liderança em geração solar que já supera 4 GW, com geração de 128,8 mil empregos diretos e atração de R$ 50 bilhões em investimentos. Resultado da minha luta parlamentar ao longo da última década, para criação e aprovação de leis de incentivo ao setor.”
“Somente a geração própria de energia solar (GD) já proporcionou a MG a geração de mais de 69 mil empregos e R$ 2,2 bilhões em receitas, recursos investidos em saúde, educação e infraestrutura nos municípios”, informou Bruno Catta Preta, coordenador estadual da Absolar em MG.
Segunda maior fonte do país
A energia solar se tornou a segunda maior fonte da matriz elétrica do país ao atingir a segunda posição na matriz energética brasileira (11,2%), no último dia 03/01, superando a eólica e ficando atrás somente da hídrica (51,3%).
“O crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos está ligado, principalmente, a fatores como o alto custo da energia elétrica no país, a queda dos preços da energia solar e facilidade de financiamento com taxas atrativas”, ressaltou Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo Sauaia, a energia solar ajuda a população e as empresas a se protegerem dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do país. “Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia fotovoltaica, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, concluiu o especialista.
Projeções da Absolar
“Até o término de 2023, o setor solar chegará a 1 milhão de empregos acumulados no país, desde 2012, número que poderia ser muito maior, conforme nossas projeções. O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, entretanto faltam ainda políticas públicas para almejarmos a liderança mundial”, afirmou Ronaldo Koloszuk, que preside o Conselho de Administração da entidade.
A Absolar avalia, ainda, que mais de 10 GW de potência serão adicionadas no Brasil, chegando a um total acumulado de mais 34 GW até o mês de dezembro de 2023. Já os novos investimentos gerados pelo setor devem superar R$ 50 bilhões neste ano, com margem para criação de mais de 300 mil empregos em todas as regiões do país.
Até o fim do ano, cerca de 21,6 GW deverão ser provenientes de sistemas de geração própria, enquanto 12,4 GW devem ser acrescidos a partir das usinas de grande porte.
